sábado, 5 de janeiro de 2013

I.5 vrttayah pancatayyah klista aklistah

Os movimentos da consciência são cinco. Podem ser cognoscíveis ou incognoscíveis, dolorosos ou indoloros.

O sutra anterior explicou que a consciência (traduzida por alguns como mente) envolve o observador com os objetos vistos por ela. Quando a consciência assume o comando, o observador ocupa o "banco de trás". A consciência, então, vê os objetos em relação a suas próprias particularidades, criando flutuações e modificações no pensamento.

Essas flutuações são de cinco tipos. Podem ser visíveis ou ocultas, dolorosas ou não, desagradáveis ou agradáveis, cognoscíveis ou incognoscíveis. Se são benéficas ou se criarão problemas, não é possível perceber imediatamente. Só o tempo confirmará seus efeitos. 

O que Patañjali nos explica agora, é que a dor pode permanecer oculta em um estado indolor. Por exemplo: uma brasa de carvão que está acesa, mas coberta de cinzas, dá a impressão de ser somente cinza. Mas se alguém a toca, queima imeditamente a pele. A brasa está em um estado oculto. No momento em que a pele é queimada, se torna visível.


Patañjali também fala que as dores podem permanecer ocultas e aparentar ser indolores durante muito tempo, até que se manifestem. Um exemplo disso é o câncer, que pode permanecer indetectável durante um longo tempo até que, repentinamente, alcance um estado doloroso e violento.

Mediante a prática do yoga, e pela força de vontade, as dores e angústias cognoscíveis podem ser controladas e aniquiladas. Liberando-se dos desejos e mediante o desapego, se evita que as dores incognoscíveis se tornem visíveis.